Review: Batman - Reinado de Terror


Reinado de Terror (Reing Of Terror), 2001

Como prometido, eis o outro review de Batman. Esta edição especial foi brilhantemente desenhda por José Luiz Garcia-Lopez, prolífero desenhista da DC, de traço clássico e elegante, já deu vida a Mulher Maravilha, Hex, Superman e principalmente o próprio Batman. Roteiro de Mike W. Barr, escritor da sequência Batman Ano Dois (precedido por Ano Um, de Miller).

Como explicado anteriormente, esta edição é parte do universo Elseworlds, ou Túnel do Tempo. Ela transporta os maiores heróis DC para outros lugares e tempos, criando histórias totalmente novas.

Neste caso, Bruce Wayne é um capitão do exército Frances, em 1794, em plena revolução francesa (não entrarei no mérito desta revolução, deixarei que as enfadonhas aulas de história no ensino médio cuidem do assunto pra vocês...) que logo após uma batalha, recebe sua carta de baixa. Retornando a Paris, o capitão é surpreendido por uma menina que lhe pede ajuda, já que estava condenada à guilhotina. Em um ato grotesco, Bruce vê toda a família da garota ser executada em praça pública por serem aristocratas, na fase mais opressora da revolução, liderada por jacobinos. Outro fato curioso foi ver crianças pregando morcegos na portas de casarões aristocráticos, como um símbolo de azar.

E casa, é recebido por seu pai, sua mãe, sua irmã e sua esposa (não falei que eram histórias totalmente diferentes).  Lá descobre que os pais de sua esposa também foram condenados a morte, Bruce prometeu salva-los falando com seu pai, que tem grande influencia entre os Jacobinos. Em uma reunião deste grupo, na presença de Danton e Robespierre, Bruce conhece amistosamente um dos heróis jacobinos até ali, Hervé Deinte. Amistosamente se apresentam, e até impedem juntos um ataque de revolucionários naquela reunião, mas logo em seguida presencia seu pai matando cruelmente um dos lideres revolucionários, depois de debelado o ataque.



Ao voltar pra casa, anuncia a sua esposa que nada pode fazer para ajudar seus pais. Deixando-a em prantos, Bruce se isolou em um abandonado galpão, recheado de apetrechos mecânicos e utensílios de uso em experimentos químicos.

Naquela mesma noite, os pais de sua esposa foram aprisionados e levados à guilhotina. Neste momento, uma figura negra alada fantasiada de morcego apareceu dos céus, atirou frascos de onde brotaram gases que dispersaram os carrascos. Batman salvou os pais de sua noiva levando-os para um barco que os levaria para a Inglaterra. Daquela noite em diante Batman salvou mais e mais condenados inocentemente a gilhotina.
Em uma noite, sua irmã o seguiu até o galpão, descobrindo então a identidade secreta de seu irmão. Bruce a faz prometer segredo e partiu para tentar avisar a mais um condenado que deveria fugir, mas tudo não passava de uma armadilha, lá estavam esperando armados um grupo de jacobinos liderados por Deinte. Apesar de uma luta bem executada, durante a fuga um lustre onde Batman havia se apoiado foi atingido por um tiro e ele tombou. Deinte não hesitou em retirar a mascara e descobir que era Bruce Wayne por debaixo dela.

Tratados como traidores, a família Wayne deveria pagar em mais de uma forma, além de ter Bruce executado, eles levariam mais um, ou o pai ou sua mãe. O pai de Bruce “lavou as mãos” e então levaram sua esposa e sua nora. Rochelle, irmã de Bruce, em companhia de Alfred no galpão assistiram a prisão. De lá, Rochelle havia se decidido em agir.

Deinte acompanhou Bruce até a guilhotina. Recolocaram sua máscara, para que decapitassem não só Bruce Wayne, mas também Batman, como símbolo da queda da resistência. Em uma manobra precisa, Batman consegue quebrar a lamina enquanto caia e mesmo com as mãos amarrada nas costas, conseguiu nocautear dois carrascos e usando uma lasca da lamina, cortou as cordas que o prendiam.

Do alto, uma corda fora lançada, era um balão dirigido por sua irmã, em um uniforme claramente relembrando Robin, incluindo o “R”, que no caso deveria ser de Rochelle...

Rumando para onde sua esposa e sua mãe estavam, Batman confronta Deinte em uma armadilha preparada tendo sua esposa com isca. Em um jogo de espelhos, haviam duas delas, e apenas uma era a verdadeira. Reconhecendo seu perfume, Batman salva a verdadeira e a pede que busque por sua mãe.

Em um duelo de espadas, o próprio Deinte defronta-se com Batman. Vários golpes depois, Batman arrancou-lhe a máscara que escondia o lado deteriorado do rosto de Deinte, que desequilibrado esbarra no espelho e o estilhaça. Um dos pedaços de vidro, grande e pesado, cai fatalmente no pescoço de Deinte.

No balão, o pai de Bruce enlouquecido fez sua irmã de refém, e ameaçou a todos com uma arma assim que subiram na aeronave. Bruce tentou lhe acalmar, mas seu pai julgara a desonra muito grande. Ordenando que todos pulassem, Bruce conseguiu salvar sua irmã, mãe e esposa, já que seu pai disparou a arma, inflamando o Hélio contido no balão. Todos caíram n’água e foram resgatados por Alfred em um barco, que também estava indo para a Inglaterra. A salvo, a esposa de Bruce ainda acha tempo e revela que aguardava um filho seu.

Sem dúvida é uma aventura de Batman, mesmo com toda trama reinventada, cenário alterado e motivações diferentes. A arte de Garcia-López completa com maestria a singularidade desta edição.
Até a próxima, e sim, com THANOS na pauta do review!

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